Disfunções da Tiróide
Em 25 de Maio, comemora-se o Dia Internacional da Tiróide. O que se pretende com uma data comemorativa como esta, é uma maior conscientização da população sobre a importância desta glândula na saúde das pessoas.
A tiroide é uma glândula pequena e situa-se na região anterior do pescoço, sendo responsável pela produção de dois hormônios, a Tri-iodotironina ou T3 e a Tetraiodotironina ou T4. Os hormônios tiroidianos agem em todo o nosso corpo, ativando órgãos e funções: por exemplo, no coração, controlam os batimentos cardíacos, no intestino controlam a frequência de evacuações, na temperatura corporal, no humor, na memória e em outras funções cerebrais. Quando ocorrem disfunções tiroidianas, na mulher, pode alterar o ciclo menstrual e a ovulação.
Uma das disfunções da tiroide diz respeito ao seu funcionamento: quando em excesso, os hormônios tiroidianos determinam um estado de hipertiroidismo, e quando em falta de hipotiroidismo. Estas disfunções são, na maioria dos casos, geneticamente herdadas, o que faz com que várias pessoas da mesma família sejam acometidas. Entretanto, isto não significa que todas as pessoas da mesma família tenham alteração na tiroide, pois outros fatores ambientais também influenciam o aparecimento da disfunção.
O hipotireoidismo é a disfunção mais frequente da tiroide. Em mulheres adultas, sua prevalência gira em torno de 10%, e aumenta no período da menopausa, chegando de 12% a 15% nesta fase.
Outra condição que afeta, comumente, a glândula tiroide é a presença de nódulos, que às vezes, podem levar a um quadro de hipertiroidismo, mas, normalmente, esses nódulos não afetam a função da glândula, e são denominados de não-funcionantes. Os nódulos também preocupam as pessoas pela possibilidade de serem malignos, porém somente a minoria deles é câncer. Desta forma, a glândula pode ter problemas de duas naturezas: alteração estrutural, como por exemplo, a presença de nódulos, e/ou alteração da função, com a produção de maior ou menor quantidade de hormônio para o organismo.
O hipotireoidismo durante a gravidez é muito preocupante, porque leva ao prejuízo no desenvolvimento do cérebro do bebê. Assim, a mulher que, sabidamente, é portadora de hipotireoidismo deve avisar seu médico, logo que souber que está grávida, porque o hormônio de reposição precisará ter sua dose elevada. E, durante a gestação, o hipotiroidismo deve ser pesquisado e tratado conforme a avaliação do médico.
O diagnóstico da disfunção tiroidiana é realizado pela dosagem dos hormônios TSH, T4 e T3. O TSH é o melhor exame, e o utilizado para o rastreamento das disfunções, na população.
Feito o diagnóstico, o tratamento do hipotiroidismo se faz com a reposição do hormônio levotiroxina, por via oral, tomado todos os dias pela manhã e em jejum. No caso do hipertiroidismo, há mais de uma opção terapêutica: drogas antitireoidianas, iodo radioativo ou cirurgia. A escolha do tratamento depende das condições do paciente, avaliadas pelo médico.
O seguimento do paciente é realizado pelas dosagens seriadas dos hormônios, assim como de seus sintomas, para o ajuste da dose da medicação.